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Vozes Livres de Mação

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Vozes Livres de Mação

03
Mai10

"JAZ MORTO, E APODRECE"

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Percorrendo-se as ruas de Mação, a determinadas horas do dia, não se topa vivalma, as casas em ruína, os telhados derrubados, os vidros partidos nas velhas janelas, buracos onde antes eram janelas, portas rebentadas, enfim, o caos. Nem gatos nem cães  vagueando  pelas ruas. Talvez a noite traga ratos e ratazanas. Apenas o céu é riscado por algumas aves. Lá no alto, bem no alto, um milhano perscrusta a vila  abandonada em busca de alimento.

Pelo acaso da fortuna  estaremos a visitar uma vila fantasma, questionamo-nos.  

Vem-nos  então à lembrança um verso de Fernando Pessoa do seu poema O Menino da sua Mãe, -  "jaz morto, e apodrece," diz, o que bem caracteriza, infelizmente, o que é, nos  dias de hoje, a vila de Mação.

 

Jonas de Vale Grou