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Vozes Livres de Mação

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30
Jan08

AFINAL DE QUEM É CULPA?

vozeslivresmacao
CÂMARA MUNICIPAL DE MAÇÃO
AFINAL DE QUEM É CULPA?
Vale a pena debruçarmo-nos sobre o que tem sido a governação do PSD Mação.
Desde sempre no poder, conduziram o nosso Concelho à situação que é de todos conhecida, todas as estatísticas o confirmam, há efectivamente uma área que nos dá o desconfortável antepenúltimo lugar. Esta situação ainda nos envergonha mais. Na Câmara, o executivo do PSD, coloca em primeiro lugar o que deve vir depois, revelando assim falta de critério e incapacidade política de gestão, não sabendo distinguir o essencial do acessório. As actividades lúdicas e recreativas não podem andar à frente do desenvolvimento global, mas sim a par.
 
A vergonha de nós todos! Dos 308 concelhos de Portugal em termos de desenvolvimento global somos o nº 307.
 
Escreveu há dias um ilustre vereador do executivo, a prepósito da desgraça que está e vai acontecer ao nosso concelho:
“As ligações rodoviárias, os hábitos, a qualidade na resposta às necessidades, estão a sul e não a norte”.
 É preciso ter lata! Está a queixar-se de si próprio Sr. Vereador!
 
O Sr. Vereador faz-me lembrar um presidente de junta do PSD, que ao ser-lhe sugerido que colocasse uma informação à população, este respondeu: “ É melhor não, quanto menos souberem melhor, depois vêm para aqui com exigências!” Esta foi a forma que o PSD Mação encontrou para se prepetuar no poder. Negando o desenvolvimento aos seus munícipes, esta política serve à medida o poder instalado. Ao contrário, se tivessem aproveitado os recursos que ao longo do tempo lhes foram chegando, implementando uma política de desenvolvimento global e integrado, criando as infraestuturas necessárias a esse mesmo desenvolvimento, Mação hoje não estava de cócoras, e tinha todas as condições  para , se fosse necessário , se colocar em bicos de pés. FOI A NEGLICÊNCIA POLÍTICA DO PSD MAÇÃO  QUE COLOCOU O NOSSO CONCELHO NESTA SITUAÇÃO. Espero e quero acreditar, que no nosso concelho não vão surgir bairrismos exacerbados, mas se tal vier a acontecer, SÓ PODE SER CONTRA AQUELES QUE AO LONGO DO TEMPO DESGOVERNARAM MAÇÃO.
 
José Augusto
jose.augusto.martins@hotmail.com
29
Jan08

Notícias do PS / Mação

vozeslivresmacao
Os autarcas socialistas votaram contra o Orçamento e o Plano de Actividades da Autarquia para 2008.
 
Na base da decisão esteve o seu entendimento de que “aquilo que o Executivo Camarário se propõe fazer está longe de corresponder às reais necessidades do concelho. Mais uma vez, nada foi previsto no sentido de dinamizar e tornar mais atractivo o concelho de Mação. Os grandes projectos para 2008 resumem-se ao auditório municipal, ao pagamento das contrapartidas da urbanização dos Atoleiros e à “política do asfalto” que, com o aproximar das eleições, regressa de novo com alguma força.”
 
Os autarcas socialistas criticam também o facto do Executivo Camarário referir a existência 30 projectos para o Concelho no âmbito do novo Quadro Comunitário mas nada dizer sobre eles. “Esta é a forma hábil e habitual de não se comprometer com nada. Face à importância do novo Quadro Comunitário teria sido importante divulgar esses projectos e, inclusive, ter promovido a sua discussão prévia com os autarcas da oposição. Contudo, numa clara política do “quero, posso e mando”, o Executivo Camarário mantêm fora da discussão questões essenciais para o Concelho. Assim, não admira que cometa tantos erros.”
 
Os autarcas socialistas lamentam ainda o facto do Executivo Camarário não ter acolhido as suas propostas de redução do IMI e da taxa de IRS, à imagem do que fizeram muitas outras autarquias.
 
 
Jantar de Natal reuniu oitenta militantes e simpatizantes
 
No dia 15 de Dezembro o PS / Mação levou a efeito o seu jantar de Natal no Restaurante “Mansinho”, no qual estiveram presentes oitenta militantes e simpatizantes socialistas do concelho.
 
No final do jantar Nuno Neto, líder da Concelhia Socialista, dirigiu-se aos presentes para manifestar a sua satisfação pela elevada participação que o jantar registou, reveladora de que os socialistas do concelho estão fortemente mobilizados, bem como para apelar a um grande envolvimento de todos nas várias iniciativas que o PS / Mação irá desenvolver em 2008.
 
 
PS / Mação critica a má qualidade da água do Concelho…
 
A qualidade da água no concelho de Mação tem vindo a piorar, ao ponto de, em pleno Inverno, ela continuar a sair em tons amarelos nas torneiras dos consumidores.
 
Para o PS / Mação “esta situação é da responsabilidade do Executivo Camarário que nos últimos anos não realizou investimentos na rede de captação e abastecimento de água com o argumento de que Mação vai entrar nas Águas do Centro e competirá a esta entidade realizar os investimentos. O certo é que essa entrada tarda em efectivar-se e a qualidade água continua a piorar. Se no Inverno a água se apresenta nestas condições, como irá ser no Verão? Além disso, a Câmara não pode demitir-se das suas responsabilidades porque é a ela que os munícipes continuam a pagar a facturar da água.”
 
 
… e congratula-se com a reparação da Ponte das Sarnadas
 
Um ano após ter sido destruída pela intempérie a Ponte das Sarnadas foi finalmente reparada. O PS / Mação e os seus autarcas congratulam-se com o facto dos seus protestos contra o atraso na reparação da ponte terem sido ouvidos pelo Executivo Camarário e de ter terminado o suplício de muita gente da freguesia de Cardigos, obrigada durante largos meses a fazer um desvio de vários quilómetros.
 
Ainda assim, o PS / Mação não pode deixar de criticar a excessiva morosidade da reparação, reveladora da pouca preocupação que a autarquia coloca na resolução dos problemas dos munícipes.
 
 
Munícipes obrigados a inscreverem-se previamente para intervirem nas Reuniões de Câmara
 
Foi aprovado o Regimento da CMM que obriga os munícipes que queiram intervir nas Reuniões de Câmara a inscreverem-se junto dos Serviços Camarários com 2 dias de antecedência e a indicar os assuntos que pretendem abordar.
 
Embora tendo votaram favoravelmente o Regimento, os Vereadores do PS / Mação opor-se-ão a que ele se transforme num instrumento destinado a desincentivar os munícipes de participar nas sessões camarárias e a silenciar vozes incómodas para o Executivo Camarário.
 
Ainda assim, o PS / Mação considera que “ao propor estas medidas o Executivo Camarário revela alguns tiques de autoritarismo, medo do confronto e pouco respeito pelos munícipes que o elegeram.”
 
 
Para quando um pedido público de desculpas do Dr. Saldanha Rocha?
 
No último Boletim “Verde Horizonte” da CMM foi distribuído um folheto publicitando uma clínica pertença de familiares do Presidente Saldanha Rocha.
 
No entender do PS / Mação “o Dr. Saldanha Rocha cometeu um erro grave e reprovável do ponto de vista ético. Mas, mais grave ainda, não o assume publicamente e, pelo contrário, lava a mãos como Pilatos e endossa as responsabilidades do caso para empresa que preparou o Boletim para distribuição.”
 
O PS / Mação “lamenta a falta de coragem política do Dr. Saldanha Rocha para vir a público assumir os seus erros e o facto dele se sentir incomodado por alguns munícipes lhe solicitarem esclarecimentos sobre o assunto. Contudo, não fica surpreendido com esta posição porque ele e o seu Executivo Camarário adoptam com frequência uma atitude política autista e arrogante e nunca se acham na obrigação de assumirem publicamente os erros e os falhanços da sua actuação.”
 
28
Jan08

Pela boca morre o peixe no … Bordel !!!

vozeslivresmacao
 
Há umas semanas atrás um vereador do PSD na CM Mação, acusava um vereador socialista de estar a contrariar um parecer técnico dos serviços camarários, com o seu sentido de voto contra.
Situação que eu qualifico de perfeitamente normal, caso contrário, valia mais entregar aos serviços técnicos o poder de decisão na coisa publica.
Acontece que os mesmos serviços técnicos não vislumbram ilegalidades no licenciamento de um estabelecimento comercial até ás 6 horas da madrugada!!!
Aqui, o vereador do PSD já não partilha da leitura dos serviços técnicos. Ficamos sem perceber quando é que se deve acreditar nos serviços técnicos, se é quando os vereadores da maioria querem ou quando os da oposição querem? Parece óbvio que deve imperar a maioria. O que não é óbvio, é que a maioria queira que a oposição vote contra a sua própria vontade.
Há uma dezena de anos atrás o concelho de Mação teve um estabelecimento comercial licenciado até ás 4 da madrugada, em Cardigos!!!
Agora, surge a hipótese de ter um novo estabelecimento com horário alargado até ás 4 ou 6 da madrugada!!! Independente do tipo de diversão nocturna, não vislumbro qual é o problema em licenciar este tipo de actividades desde que os mesmos não incomodem a vizinhança e estejam dentro da legalidade.
A problemática aqui é tratar-se de um espaço mais virado para o “Bordel”, e os senhores têm medo de vir ser responsabilizados pela opção tomada.
 

Como diria o nosso Presidente em forma de piada, isto é uma maravilha, senão vejamos:
·        Abre-se espaço para mais um ou dois advogados (divórcios, partilhas e coisas do género);
·        Aumenta o volume de vendas das cabeleireiras e manicures;
·        Aumenta o consumo de preservativos, anti-fungicos, gel lubrificante vaginal, viagra, entre outros produtos, lá estão as “nossas” farmácias a facturar;
·        Aumento do número de doenças sexuais, logo, já começa a justificar-se um Urologista e um Ginecologista na “nossa” Clínica;
·        Damos a conhecer aos novos empresários que muito gostam de frequentar este tipo de casas, a Zona Industrial de Ortiga e de Mação.
·        Possibilidade de abrir em Mação ou Ortiga uma loja só de Lingerie.
·        Para não falar das possibilidades do mercado arrendatário, até o Senhor Presidente pode ficar a ganhar com a sua nova casa, com a vantagem de terem logo ali ao lado a Capela de São Bento que tem lá um Santo que perdoa tudo.
 
Para aqueles mais conservadores ou mais católicos, têm sempre a hipótese de ir até à capela de São Bento rezar ao Santo que o nosso Presidente ofereceu.
Se por acaso não gostarem da aparência do Santo, sim das barbas, peçam ao Tonho Zé Barbeiro para lhe fazer a barba.
Sempre vale mais termos um Bordel de Gajas que cumpra a legalidade, do que mais um Bordel de Interesses ilegal.
 
Luís Sérgio Silva
28
Jan08

A culpa não é Vossa?!

vozeslivresmacao
Consultando o jornal “médico de Família” vi um hipotético ordenamento dos futuros Agrupamentos de Centros de Saúde da região de Lisboa e vale do Tejo e não consegui encontrar Mação. Para onde nos quererão mandar? Isto parece que não tem importância nenhuma mas quando necessitamos de uma consulta de especialidade…!!!??? Vamos estar atentos… !!! «José António Almeida» “  in blog macaorenovado. Vereador da CMMl, acrescento eu.
Um pouco da história recente das trocas e baldrocas das ligações administrativas do Concelho de Mação
Até há bem pouco tempo atrás Mação era um concelho que ficava situado na Beira Baixa, distrito de Santarém. Todos os serviços e dependências ficavam para o lado da corrente do Tejo. A partir da vinda de dinheiros da então CEE, fomos do tipo cata-vento. Donde é que vem mais? E era para aí que Mação e os seus autarcas se/nos viravam. Temos a Saúde, a Justiça, a GNR/Polícia, a Associação de Municípios e uma parte do Sistema Escolar, para o lado de Santarém. Os restantes serviços escolares, a Agricultura e uma parte do sistema social (Fundo de Desemprego) para Castelo Branco. Para baralhar, mais estamos inseridos numa “NUT” do chamado Pinhal Interior Sul, que no momento parece ser a divisão regional mais importante. Pertencemos também à CCRC, (Comissão de Coordenação Região Centro) com sede em  Coimbra. Antes, tudo apontava para uma ligação a Santarém, mas agora tudo vai no Sentido da Sertã – Castelo Branco. Mas até aqui tudo bem! Os nossos gestores foram procurar onde pudessem arranjar mais fundos para tentar desenvolver o Concelho. Infelizmente, o esforço não produziu os efeitos desejados.
Ao tomarem estas decisões, os nossos gestores locais devem e têm forçosamente que assumir as vantagens e desvantagens daí decorrentes. Qual o espanto Vereador Almeida? As responsabilidades são para assumir. Ou só agora reparou que nem uma linha de transportes existe? Pois, é muito mais fácil descartar com um “Para onde nos quererão mandar”.  Mais uma das já habituais fugas para a frente. Ao proferir tais expressões não estará a aterrorizar os munícipes quando a principal e única responsabilidade de tal situação é das equipas do actual e anterior presidente da Câmara?!...



ANTÓNIO VICENTE ALVES REIS

24
Jan08

Rumo a Castelo Branco ?

vozeslivresmacao
O novo mapa dos cuidados de saúde primários apresentado pela Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), deixa o concelho de Mação de fora de cada um dos dois grandes agrupamentos de saúde previstos respectivamente para a Lezíria e para o Médio Tejo, no distrito de Santarém.
 
Visto isto, não parecem restar muitas dúvidas quanto ao facto do nosso município passar em breve a fazer parte de um agrupamento de saúde centrado num dos nossos concelhos vizinhos do distrito de Castelo Branco. Não surpreenderá portanto, que este futuro agrupamento de centros de saúde agregue os concelhos de Vila de Rei, Oleiros, Proença-a-Nova e Sertã, sendo possivelmente neste último que a sede desse agrupamento se localizará. Ou seja, Mação sai do distrito de Santarém para entrar no distrito de Castelo Branco !
 
Esta mudança, a concretizar-se, implicará uma alteração na relação dos utentes do actual Centro de Saúde de Mação com os serviços de saúde regionais. Porquanto, eventualmente, no que respeita a consultas de especialidade e ao serviço de urgências, os movimentos dos doentes passarão a fazer-se em sentido inverso àquele que presentemente acontece. Isto é, o itinerário Mação-Abrantes, poderá ser provavelmente substituído, a curto prazo, por deslocações em direcção à Sertã e, em casos mais urgentes, para o hospital distrital de Castelo Branco.
 
Esta reorganização do mapa dos serviços de saúde fará emergir facilmente o discurso de levantamento popular contra o Governo, com recurso a exemplos do género - « como é que agora um residente na freguesia de Penhascoso, Ortiga, Mação, Aboboreira ou Amêndoa se deslocará para a Sertã ou Castelo Branco, as novas centralidades da saúde ? ».
 
Na rua, na conversa de café, na tertúlia de amigos, a questão passa agora por saber como é que sem transportes públicos directos, sem estradas acessíveis ou sem carro próprio, se farão as deslocações e a que título, quando hospitais como o de Abrantes, Torres Novas ou Tomar estão ou parecem estar mais à mão de todos nós.
 
Não faltará, para rematar a discussão, a descarga no Governo e no Ministro da Saúde, cujo resultado da sua acção não será mais do que  acabar com o Interior, matar o desenvolvimento dos nossos concelhos e cavar ainda mais a nossa sepultura colectiva.
 
Pessoalmente sinto-me seduzido pela argumentação. Na situação actual, o acesso e a deslocação dos utentes aos serviços de saúde é mais fácil do que aquela que poderá vir a acontecer no quadro do novo mapa de saúde regional. Dito de outro modo, a questão da proximidade e da acessibilidade aos serviços de saúde é hoje mais fácil com Abrantes no nosso caminho do que será aquela tendo Castelo Branco por destino. Assim, para todos em geral, o acesso à saúde será mais oneroso em termos de tempo e dinheiro. Porém, esta factura será decisivamente ainda mais pesada para os cidadãos mais carenciados do nosso concelho.
 
Resta saber, e para esta pergunta não tenho elementos que me ajudem na resposta, se esta mudança trará, apesar dos custos inerentes, benefícios superiores para os utentes. Em razão de mais e melhores cuidados de saúde primários a prestar às populações. Claro que, se a análise de custos-benefícios for vantajosa para os benefícios, dir-se-á que o coração traiu a razão e perdemos o pé no nosso posicionamento público.
 
Admitamos que também no plano dos melhores cuidados de saúde primários não retiramos vantajem da alteração. Subsequentemente, dir-se-á que a nossa voz se junta ao coro de protestos.
 
Esta sintonia no protesto, ainda que genuína e sentida, arrasta todos aqueles que nesse mesmo protesto alinharem para um beco sem saída, para uma incoerência de argumentação que não mata, mas fere. Sobretudo politicamente.
 
Se condenamos agora publicamente a nossa passagem para a Sertã e para Castelo Branco no domínio da saúde, por que não o fizémos antes quando os serviços da segurança social passaram nos anos 90 do século passado para o mesmo distrito ? E porque não protestámos quando os serviços de educação que tutelam as nossas escolas mudaram para Castelo Branco e Coimbra? De igual forma porque não nos opusémos à integração na NUT II da Região Centro (sede em Coimbra) e a igual integração na NUT III com sede na Sertã (Pinhal Interior Sul) ? Porque mantemos ainda um pé no agrupamento de municípios do Médio Tejo, que nos custa 470 000 Euros no ano de 2008 e temos o resto do corpo no Pinhal Interior Sul ? Porque fomos no passado contra a regionalização que nos queria atirar para Sul (região Santarém e Leiria) e não para Norte e agora queremos ficar no Sul (distrito Santarém, entenda-se) a todo o custo ?
 
A verdade é que nos últimos 20 anos andaram a puxar-nos para Castelo Branco, e nós nunca nos opusémos. A resposta é simples : o dinheiro dos fundo comunitários. Agora, a concretizar-se a reorganização do mapa judiciário e do mapa da saúde poderemos dizer que a nossa integração no distrito de Castelo de Branco e na Região Centro, com sede em Coimbra é quase plena. Se assim é, encontrámos a coerência dos serviços desconcentrados da Administração Pública portuguesa. A regionalização está feita, e sem referendo ! Só nos falta mesmo é mudar de Governador Civil.
Mação está na rota do distrito de Castelo Branco. Quem nos atirou afinal para lá?
 

João Paulo Almeida

08
Jan08

Carta Aberta

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Caros Companheiros,

Atento aos procedimentos, posições e afirmações que tenho manifestado e assumido ao longo dos últimos anos e na sequência da postura de solidariedade para com toda a equipa que gere o município recentemente manifestada por um companheiro, colaborador activo na mesma, julgo publicamente, dever prestar alguns esclarecimentos.

Assim:

1)      Nunca pretendi, nem pretendo assumir ou constituir um foco de oposição interna no PSD/Mação. Pretendo como militante, na sequência das posições sempre manifestadas e assumidas, poder contribuir para uma outra forma de actuação na política e no partido, bem como na gestão do município, podendo contribuir para uma premente e necessária retoma da confiança no sistema democrático e dos partidos que o sustentam, designadamente no PSD;

2)      Nunca recusei, nem pretendo recusar qualquer assumpção de responsabilidades politicas ou outras, nem nunca pressionei nem pretendo pressionar ninguém convista à sua obtenção. Esta deve surgir consequência da verificação responsável da necessidade da colaboração ou de desempenho da mesma. Se outro juízo for feito, rejeito-o. Toda a colaboração e participação que até agora me foi solicitada, prestei-a com o empenho e a dedicação que entendi adequada, até haver verificado que a mesma se pretendia resumir a que eu fosse um elemento, traduzido em mais um número, nas votações a efectuar no âmbito das assembleias municipais ou outros eventos ou ocorrências em que fosse necessária essa colaboração;

3)      Entendo que qualquer colaboração ou participação numa equipa deve merecer a confiança e o esclarecimento prévio de todos os assuntos objecto de discussão. Deve merecer e carece da confiança de todos os companheiros com quem se colabora para atingir um objectivo definido ou com quem se gere a “coisa pública”. Deve merecer o reconhecimento das capacidades individuais, carácter e demais atributos necessários à constituição de uma equipa coesa, responsável, credível e competente;

4)      Por entender não se encontrarem reunidas as condições atrás referidas, recusei no último acto eleitoral, a colaboração e a participação que muito amavelmente me foi solicitada. Devo no entanto publicamente registar e reconhecer a confiança que, o companheiro em causa, em mim depositou. A posição que então tomei parece, pelas actuações e ocorrências recentes, ter merecido a necessária justificação;

5)      Este companheiro que pela sua capacidade pessoal e política, pela facilidade de trato e de comunicação, pelo carácter, respeito e humildade sempre demonstrados contribuiu e permitiu ao PSD no concelho de Mação as vitórias eleitorais e os “loiros políticos” de que ainda hoje beneficia (sendo certo que não se deve entender como isento da prática de erros), merecia no desempenho do seu actual mandato uma actuação calma, descomprometida e isenta, compatível com o estatuto que merecidamente granjeou como autarca, no partido, no concelho e no país. Alguns factos ocorridos e posições ultimamente assumidas, a meio deste seu mandato, parecem ter contribuído para uma inversão na forma e no desempenho que, conforme atrás referido, certamente seria o pretendido.

No desempenho de funções que pouco têm a ver com as funções executivas da administração municipal, pareceu querer assumir com a humildade que o tem caracterizado a assumpção e a justificação de decisões menos correctas. Esta humildade demonstrada fica-lhe bem e reforça a credibilidade, o respeito e o sentido de responsabilidade e empenho na gestão da administração autárquica. Deveria também servir de exemplo a todos aqueles que sufragados e eleitos, com ele integram os restantes órgãos do município

Respeitosos cumprimentos,

Manuel M Pires