“Eficiência” da CMM
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VAI UMA REINAÇÃO!
No preciso momento em que preparava um pequeno texto para celebrar com duas ou três fotografias o silêncio das noites nas ruas de Mação – num convite a um sereno passeio entre esquinas e ruelas por um passado que, paradoxalmente, já conheceu noites bem mais animadas - eis, para minha surpresa, que um punhado de jovens, a raiar a maioridade, resolveu perturbar o silêncio que resta investindo, no melhor estilo cobardolas que já não deveria caracterizar, ou, melhor, nunca deveria caracterizar a sua tenra idade.
Falo-vos, concretamente, desta pequena casa, situada na chamada Rua Nova, ou, se preferirem, Mons Álvares de Moura, e que com, sacrifícios vários, evitámos que se juntasse ao extenso rol das casas em ruínas no centro histórico de Mação. A complementar a sua recuperação fizemos nascer nas ruínas da casa que lhe era contígua um pequeno espaço ajardinado que em muito, creio, veio desanuviar o intenso clima de ruínas que se vive na Azinhaga que dali liga a vila até a um conhecido bar nocturno na zona do Palácio da Justiça e que tem na população jovem o seu público alvo.
Entre o novo café existente na Praça e este outro é uma correria de gente jovem que seria de saudar não fosse a enorme lista dos desacatos de que tenho conhecimento, e que passo a enumerar:
-No restaurante Pica Fino, foram partidos os mármores de três lanços das escadas de acesso.
- O tejadilho do carro novo de um vizinho serviu de palco para recrimináveis danças ao luar.É só cada um pensar se fosse com o seu automóvel.
- Nas hortas que ficam no trajecto abundam, agora, as mil e uma garrafas das despreocupadas cervejas.
- No pequeno jardim de que vos falei, desde arranque de sebes, protecções metálicas, flores arrancadas pela raiz e jogadas para o palheiro em frente, quebra em mil pedaços de uma pequena talha com flores dentro, despejo de água gordurosa que levou à secagem de três fartos buxos, para terminar no recente arranque de três pés de girassóis já floridos, para não falar do arremesso e estilhaços de garrafas de cerveja, tudo tem servido para dar asas a esta inexplicável revolta vá lá saber-se porquê.
(No que me diz respeito creio que os desacatos não se esgotam na irresponsabilidade juvenil. Adiante.)
O que me fez subir a este palco foi, todavia, a lamentável cena acontecida,há poucos minutos, e que surpreendeu a paz da noite com o arremesso de um punhado de pedras e terra contra o pequeno sino da porta lateral, situado, já, no enfiamento da referida azinhaga.
Saí disparado de casa, descalço e ainda consegui vislumbrar o rosto da meia dúzia que fugia a sete pés pela calçada acima.Os autores, esses, desapareciam na rua principal sob o dedo acusador dos colegas, cúmplices, a quem interpelei.
Não era passada uma hora a turma regressa, agora, lançando impropérios que me escuso enunciar mas sempre, como é próprio de cobardolas, em passo apressado.
Enchido o saco, só restava um telefonema ( 241572222, para o caso de precisar!) para a GNR local.
Não quero, para já, tecer comentários à “acção” ou falta dela da GNR de Mação.
Esta Azinhaga é o que é mas fruto da inexistência de uma política municipal de conservação do nosso património, que há muito já teria demolido os diversos palheiros que ali se encontram e ameaçam perigo de derrocada iminente, teremos de aguardar que algum deles caia para que a senhora câmara comece a actuar.
Dei conta desta situação há 10 anos, numa Assembleia Municipal, onde Elvino, presidente, me garantiu existir um “Plano”.Até hoje, como se vê.
Quanto à educação dos nossos jovens, ao papel dos seus pais e da sociedade em geral, também parece que estamos conversados.
Aliás, pode ser que um destes dias tenha que contar a história do espanto que me tolheu o rosto quando a caravana eleitoral autárquica da força política vencedora estacionou à minha porta para dar asas a manifestações por parte de alguém ( sim, meu caro, você sabe que eu sei quem foi e o gesto que me dirigiu ignorando que eu tudo estava a ver!) de quem deveria partir o primeiro exemplo!
É claro que nem por sombras quero acreditar que a estas descontroladas hordas juvenis presidam retaliações servidas à peça, por exemplo, por algumas destas peças que por aqui vamos escrevendo.
Ainda vivemos em Democracia.
É a ela que irei recorrer.
António Colaço
VLM DESCOBRIU A MÁQUINA AUTOMÁTICA DE FAZER FLORES DE PAPEL!!!
É mais um rigoroso exclusivo do VLM: o presidente Saldanha Rocha aproveitou a sua última deslocação “ao estrangeiro” para fechar negócio com a contratação (não, não é de nenhum craque para a ADM, que aqui aproveitamos para saudar pela sua brilhante vitória na Taça do Ribatejo!) de uma fabulosa máquina de fazer flores de materiais reciclados a partir… do lixo dos maçanicos.
Ao ouvir falar de que era possível reciclar restos de comida para utilização em revestimentos para estradas (não, não é o que estão a pensar! Alcatrão é só para o ano!) Saldanha Rocha pensou para consigo e disse: “deve ser, então, possível reciclar lixo para fazer…lindas flores. Flores? disse, para consigo, mas isso é o que eu preciso para calar de vez a voz àqueles oposicionistas que todos os anos me criticam por ter acabado com esta tradição em Mação! Meto-me na excursão com os estudantes e já vos digo! Até já estou a ver a máquinazinha que está no Luxemburgo guardadinha para mim!!!”
É essa máquina que já está em pleno a trabalhar em Mação, em sítio que ainda não conseguimos descortinar, já que Saldanha reforçou a segurança a todos os eventuais locais.
Aqui fica a notícia.
Mal sonha a Santa Maria que, afinal, feitas, não pelas animadas mãos dos maçanicos, que entravam pela madrugada ao som de alegres cantorias, mas por uma “máquina sem sentimentos…” as flores decorarão as ruas de Mação.
Luís Sérgio
Faz de conta que me chamo Mação,e que, neste preciso dia e no preciso instante do clic desta fotografia, alguém me surpreendeu a sonhar em voz alta, nesta Praça, com qualquer coisa como “O que queres ser, Mação, quando fores grande”?
Que não me abandonem à minha sorte?
Que me façam acompanhar o surto de progresso que aí vem mas que me mantenham sempre jovem e que por cada uma das minhas casas que ameace ruir logo alguém se levante em armas para a reconstruir.
Que do alto das minhas duas torres se abarque o eterno verde das minhas serranias, e do alto delas se adivinhe o frenesi das tantas gentes, para lá e para cá, horta acima, horta abaixo e, pela noite dentro, as luarentas descamisadas de rapagões e moçoilas enamoradas.
Faz de conta que daqui a cem anos a minha Praça continue a ser pequena e nela jamais tenham lugar quer promessas quer desenganos.
Faz de conta que daqui a mil anos as duas bicas da minha fresca fonte continuem a matar a sede a todos os terrestres de mãos dadas com os aguardados marcianos.
Faz de conta que a Eternidade que não tem Princípio nem Fim, conte comigo, repare em mim.
António Colaço
Para quem não saiba ou não pôde estar na Festa dos Antigos Alunos do Colégio, realizada no passado dia 5 de Julho aqui está a nossa mais viva recomendação para que, tão depressa quanto possível, visione o belíssimo trabalho realizado por Júlio Pires sobre o histórico Colégio D.Pedro V.
E CAI A NOITE
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