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Vozes Livres de Mação

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09
Jul08

A VERDADEIRA MARCA DE MAÇÃO:

vozeslivresmacao

 

30 ANOS A MARCAR PASSO
 
Mação acaba de criar  a “marca” Mação. Tudo a  favor. Os aplausos todos. Mas… o que significa criar uma marca quando, nos últimos 30 anos, a verdadeira imagem de marca de Mação, em comparação com os concelhos vizinhos, mais do que marcar encontro com o presente e os seus desafios, tem sido a de ficar, escandalosamente,  a marcar  passo com o futuro?
Presunto, sim, mas feito com que presente?
Queijos, enchidos e azeite, também, mas com que gente?
 
 
 
 
A marca não pode ser uma panaceia e muito menos uma teia com que se nos enredam os dias.
Abundam os testemunhos, vindos de aldeias vizinhas, nos últimos tempos, daqueles que ficam com os dias marcados sempre que ousam recuperar as casas dos seus antepassados.
Uma câmara que se preze, quase que devia pagar aos que ousam recuperar.
 
É, por isso, contraditória, esta súbita vontade da autarquia em aderir à inquestionável opção por criar uma imagem de marca, quando se sabe que, nos últimos 30 anos, a força política que, ininterruptamente, a sustenta, pouco ou nada  fez para manter a tradição da nossa doçaria, do nosso artesanato, dos nossos enchidos e, sobretudo, da nossa paisagem de excelência.
 
Se assim é, uma autarquia que se preze, não deveria ter vergonha na cara por permitir que a nossa jóia da coroa, a Serra do Bando, e nela, o Chão do Brejo, a nossa verdadeira imagem de marca de um descomplexado concelho rural, com uma Mãe natureza que a muitos faz inveja, ali permaneça marcada para uma morte indesejada?
 
Sim, o nosso presunto. Mas… feito de que presente? Dos porcos que já não habitam nas aldeias que deixámos despovoar ou dos porcos de uma Europa que se importou em acautelar o seu futuro, hoje o nosso envergonhado presente de importadores, sem quaisquer dores?!
Isso não nos importa?!
É dessa marca de esbanjadores de um passado que nos legaram, que queremos fazer os desajeitados dias de gente a fazer de conta que faz?!
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Pronto, agora pode sentar-se a ver o pequeno filme do MIRANTETV – a quem aproveitamos para saudar pelo recente prémio Gazeta – enquanto reflecte sobre o peso da filosofia que vai na cabeça de quem nos desgoverna há mais de 30 anos.
Ah!
Não temos pipocas da marca Mação, porque se foram os milheirais das nossas abandonadas aldeias.
Em contrapartida, importámos aqui da vizinha Espanha estes magníficos Chupas, de sabor a presunto, e a que pusemos, claro, a marca Chupa-Chupa-Mação!
 
 
 
 
 
O  vídeo que se visionou levanta várias questões:
- De quem é, de facto, a iniciativa de criar a Marca Mação? É da Câmara Municipal ? Do seu Presidente?
Então por que razão começa o vídeo por nos apresentar “António Louro – Câmara Municipal”?
Quem julgarão os leitores/espectadores do MIRANTE/TV que é António Louro?
O criador da marca M contratado pela Câmara Municipal ? O publicista da empresa que criou a marca M e a quem a Câmara Municipal pediu para falar à televisão? Um qualquer produtor da “fileira” de produtos que foi destacado pelos seus pares, a pedido da Câmara Municipal, para falar à televisão? O porta-voz, ele mesmo, da Câmara Municipal?! O agora assessor da Câmara Municipal, vereador demitido pelo Tribunal Constitucional, e no instante seguinte contratado pelo presidente Saldanha?
 
Sendo que Saldanha Rocha é, não restam dúvidas, o presidente eleito da Câmara Municipal de Mação, como pode aceitar-se que dê, assim de mão beijada, todo o protagonismo a António Louro ficando para si uma declaração tão mal amanhada, tão descuidada, tão mal iluminada, tão imperceptível mas, sobretudo, tão sem qualquer substância, sem uma ideiazinha que que se veja?
Uma redacção, em suma, que qualquer miúdo de escola redigiria com muito mais desenvoltura e convicção.
Para que não nos chamem maliciosos e não nos atribuam outras intenções que não seja a de procurar a verdade, aqui ficam transcritas, para que acompanhe e perceba o próprio filme, dada a sua inaudibilidade, as palavras eloquentes, a filosofia mais pura, do que significa para o Presidente da Câmara Municipal de Mação a importância da criação da marca Mação:
 
“….o objectivo é que Mação esteja…ãah! …ãah!... bem representado nas lojas, nos centros comerciais, nas grandes superfícies, enfim….no comércio,.. noé….. e portanto….criar e ajudar a criar a riqueza que é produzida no concelho de Mação…”
(Saldanha Rocha, Presidente da Câmara Municipal de Mação)
 
 António Colaço

 

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